A apoptose nos espermatozóides de ejaculado está caracterizada por eventos precoces e tardios. Dentro dos precoces pode mencionar-se a externalização da fosfatidilserina da membrana plasmática, enquanto a activação da caspase 3 e a fragmentação do ADN (medida por exemplo com a técnica de Tunel) são considerados eventos tardios de morte celular. Apesar de que a análise convencional de uma amostra de espermatozóides oferece informação considerável acerca das características da amostra, não é informativa acerca da presença de apoptose que pode ser em grande parte responsável de uma baixa taxa de fecundação e implantação. Hoje em dia, o estudo de apoptose nas amostras de sémen é recomendado nos homens com algum trastorno andrológico como: varicocelo, testículos em elevador, idade avançada (>45 anos), teratozoospermia severa leucocitospermia, fumadores severos, com tratamento de quimio ou radioterapia, com tentativas prévias de reprodução assistida com falhos de fertilização ou embriões de má qualidade, e casos de perdas gestacionais precoces.

Tendo em conta a importância do estudo da fragmentação do ADN espermático junto com marcadores de apoptose celular, surge a pergunta acerca das opções terapêuticas diante da presença de uma alta percentagem de espermatozóides afectados. Nos últimos anos, surgiram distintas alternativas às tradicionais (como a toma de antioxidantes ou a obtenção de espermatozóides testiculares), entre as quais se encontra um método não invasivo chamado colunas de Anexina V acoplada a pequenas esferas metálicas (~50 nm de diâmetro) recobertas por um polímero. As mesmas podem ser usadas para separar espermatozóides apoptóticos quando se expõem a um campo magnético de alto poder numa coluna. Este procedimento de separação ou filtrado molecular denomina-se ´Magnetic‐ActivatedCellSorting‐ MACS‐´ ou Separação Magnética por Colunas de Anexina V.

Em IERA, estamos orgulhosos de anunciar o uso de esta técnica para a melhoria e o processamento destas amostras acoplando-a ao processo de FIV-ICSI.