Inseminação Artificial ou Fertilização in Vitro. Qual a diferença?

Inseminação Artificial ou Fertilização in Vitro. Qual a diferença?

A Inseminação Artificial (IA) consiste na colocação de uma amostra de sémen previamente preparada em laboratório, de forma a recuperar os espermatozoides mais aptos para a fecundação, no interior do útero da mulher e, desta forma, aumentar as possibilidades de fertilização do óvulo.

Assim, o objetivo é diminuir a distância que separa o óvulo e o espermatozoide, e facilitar a fertilização.

A inseminação artificial realiza-se, geralmente, com sémen do parceiro e denomina-se inseminação artificial conjugal: IAC. Noutras situações, como seja a ausência total de espermatozoides (Azoospermia) ou no caso de mulheres sem parceiro masculino, pode realizar-se uma inseminação com sémen de dador: IAD.

 

Um ciclo de Inseminação Artificial, passo a passo:

Ecografia basal:

O seu ginecologista irá realizar-lhe uma ecografia basal por volta do 21º dia do seu ciclo menstrual, de forma a confirmar que tudo está dentro da normalidade e que não há nenhuma contraindicação para iniciar a estimulação ovárica no próximo ciclo menstrual.
 

Início da estimulação ovárica:

Se na consulta anterior se confirmou que pode iniciar a IA, deverá iniciar a estimulação ovárica entre o 3º e o 5º dia do seu ciclo menstrual. Esta consiste em injeções que serão de administração subcutânea e a nossa equipa de enfermagem vai guiá-la em todo o processo, para que se sinta sempre confiante.

Controlar a estimulação no caso da Inseminação Artificial é fundamental, essencialmente para se evitar produzir muitos óvulos e evitar o risco de ter uma gravidez múltipla.

Monitorização ecográfica da estimulação:

A primeira ecografia de monitorização realiza-se entre o 5º e o 6º dia depois de ter iniciado as injeções. Daqui em diante os próximos controlos ecográficos serão realizados a cada 48 horas, exceto se, no seu caso, o seu ginecologista considerar oportuno realizá-los noutro momento.
 

Ovulação: 

No momento em que os folículos atinjam o tamanho adequado, o seu ginecologista indicar-lhe-á a data e a hora em que deverá administrar a medicação específica para a ovulação. Esta medicação desencadeia a ovulação num prazo de 37-40 horas.
 

Inseminação:

A introdução intrauterina do sémen (conjugal ou doado) programa-se um dia e meio depois da administração da medicação para a ovulação e não é necessária anestesia para a sua realização, pois não é um procedimento doloroso. Depois da inseminação poderá levar uma vida normal e retomar as suas atividades habituais.
 

Teste de gravidez:

Irá realizar-se duas semanas após a inseminação através de uma colheita de sangue. Os resultados serão comunicados no próprio dia da recolha de sangue, assim como as indicações que deve seguir.

Na Fertilização in Vitro (FIV) recolhem-se os ovócitos dos ovários da mulher e estes são fecundados com espermatozoides em laboratório, de forma a mimetizar o processo que ocorre naturalmente nas trompas. Para isso, os ovócitos são colocados em placas de cultura com meio de fertilização e incubados com uma concentração adequada de espermatozoides - de forma a se obterem embriões. Quando obtidos, são transferidos para o útero da mulher para que se implantem e, posteriormente, se dê uma gravidez.

 

 

Um ciclo de Fertilização in Vitro, passo a passo:

Ecografia basal:

O seu ginecologista realizará uma ecografia basal nos primeiros dias da menstruação.
 

Início da estimulação ovárica:

Existem diferentes tipos de estimulação ovárica, pelo que o seu ginecologista irá indicar quando deve iniciar a medicação. As injeções são de administração subcutânea e servem para estimular os ovários a produzir mais óvulos e, desta forma, mais embriões.

 

Monitorização ecográfica da estimulação:

A primeira ecografia de monitorização realiza-se entre o 4º e o 5º dia depois de ter iniciado as injeções. Daqui em diante, os próximos controlos ecográficos serão realizados a cada 48 horas, exceto se, no seu caso, o seu ginecologista considerar oportuno realizá-los noutro momento.

 

Maturação folicular:

No momento em que os folículos atinjam o tamanho adequado, o seu ginecologista indicará a data e a hora em que deverá administrar a medicação específica para a maturação folicular. É extremamente importante cumprir o horário desta medicação, para que os folículos completem a sua maturação.

 

Punção ovárica:

Realiza-se 36/48 horas depois da administração da medicação para a maturação folicular, sob sedação, em bloco operatório e com a presença de um anestesista para que não haja qualquer desconforto durante o procedimento.

 

Fertilização:

Uma vez extraídos os óvulos, estes são inseminados com os espermatozoides do parceiro ou, no caso de doação, com sémen de dador. No dia seguinte à punção ovárica avalia-se a fertilização. Nesse dia será contactado pela equipa de Embriologia a informá-la dos resultados. No caso de se confirmar que tudo está dentro da normalidade será agendado consigo, nesse mesmo telefonema, o dia e hora da transfere?éncia embrionária

Transferência embrionária:

Será programada para dois, três ou cinco dias após a punção ovárica, consoante a estratégia de cultura embrionária. Realiza-se sem anestesia uma vez que não é um procedimento doloroso.

Teste de gravidez:

Irá realizar-se duas semanas após a transferência embrionária, através de uma colheita de sangue. Os resultados serão transmitidos no próprio dia da recolha de sangue, assim como as indicações que deve seguir, independentemente do resultado.

Após perceber as diferenças de cada uma das técnicas de reprodução assistida iremos explicar-lhe as diferenças entre Inseminação Artificial (IA) e a Fertilização in Vitro (FIV).

As diferenças entre IA e FIV: 

Na Inseminação Artificial não é necessário extrair os óvulos da mulher e, por isso, a fecundação ocorre dentro da mulher. Assim, a Inseminação Artificial define-se como um processo mais simples e espontâneo, em que a fecundaçao ocorre no interior do corpo. Este tratamento é realizado numa consulta e não necessita de sedação.

Na Fertilização in Vitro é necessária a extração dos óvulos do útero da mulher e a fecundação é realizada em laboratório. Este é considerado um processo mais complexo, na medida em que exige mais passos e é necessária a sedação.

A realidade é que o tratamento mais indicado para si depende de vários fatores, tais como a sua idade e se já teve antecedentes de infertilidade, de problemas no útero ou nas trompas. Com base nisto, são realizados exames para a uma melhor perceção da sua história clínica.

 

O mais adequado para cada caso:

Sendo a Inseminação Artificial um processo mais simples, se os resultados dos exames acima referidos não revelarem alterações significativas e estivermos a falar de uma mulher em idade jovem, esta é a técnica mais indicada.

Caso a idade for mais avançada e as alterações nos exames se mostrarem mais importantes, a Fertilização in Vitro poderá ser uma opção.

A FIV para pacientes que já tentaram outros tipos de tratamento sem sucesso ou quando a infertilidade existe há mais de dois anos é recomendada.

Esta está também aconselhada em casos de infertilidade de causas desconhecidas e de Endometriose.

A Inseminação Artificial e a Fertilização in Vitro, apesar de terem o mesmo objetivo, são duas técnicas de reprodução medicamente assistidas distintas.

Na IERA Lisboa cada caso é um caso e todos são avaliados individualmente.

Para mais informações sobre estes procedimentos e preços contacte 961 282 026.

A IERA Lisboa está pronta para ajudá-la.

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